A Golden Age da Dança do Ventre


O período entendido como Golden Age da Dança do Ventre se refere às décadas de 30,40 e 50. Suas maiores representantes são Tahya Karioca, Samia Gamal e Naeema Akef.

A forma de dançar dessas bailarinas é muito diferente da Dança do Ventre que conhecemos hoje em dia, nesse momento da DV, não existiam longos deslocamentos nem braços de Bellet clássico ou Flamenco; a forma de execução de determinados movimentos é um pouco diferente também. Algumas pessoas no início dos estudos dizem até que a maneira com que as bailarinas deste período dançavam  é feia ou simples demais, particularmente acredito que apenas possui características de sua própria época, sendo assim possui beleza própria, digna de ser apreciada e estudada para que possamos compreender melhor a evolução técnica de nossa arte.

 É fato que muito do que vê-se hoje de uma maneira ou de outra é diretamente influenciado pela forma como elas dançavam nessa época, afinal a compreensão do presente muitas vezes se  dá  pela busca de suas raízes para evoluir a dança. A dança durante o período citado é uma dança mais crua, e em certos momentos até estática, pois a bailarina desloca-se muito pouco, optando por manter-se num único ponto do palco, porém não se pode afirmar categoricamente que seja essa a essência da Dança do Ventre de fato, ou a época mais clássica de todas, já que não há muitos registros anteriores, e como a dança evolui a todo momento, acredito que a forma de execução da dança na Golden Age  já era uma evolução de uma dança anterior.

Não podemos esquecer da importância do cinema na propagação da Dança do Ventre , nesse momento a Indústria Cinematográfica Egípcia iniciou seu desenvolvimento, baseando-se nos padrões estéticos norte-americanos. A dança não era exibida por si só com seu encanto e beleza, ela só aparecia inserida em um contexto da estória que estava sendo contada.
Não há como afirmar que as danças apresentadas nos Cabaretts da época era a mesma, já que o contexto da apresentação é outro e a estética cinematográfica agindo sobre a dança a transforma.

O cinema vinha impor sua visão do mundo exótico da Dança do Ventre oriental (como ainda faz), portanto toda a estética pode ter sido modificada desde os passos, trajes e  o comportamento da bailarina no palco ( nesse caso em cena) e esse é um ponto inegável, pois a menos que seja um documentário a retratação da bailarina de DV no mundo oriental é sempre diferente da realidade que hoje já é conhecida dos mais interessados e ávidos desse tipo de informação. 

Essa época não pode em hipótese alguma ser descartada dos estudos de quem quer se tornar uma boa profissional de Dança do Ventre, sabemos que  a prática da técnica é essencial, mas  uma boa fundamentação teórica e estudos da evolução da arte também. Pensando nisso, iremos nos aprofundar mais sobre o assunto, procurando trazer nas próximas atualizações, mais postagens voltadas para essa temática.

E você, o que acha dessa época? Das bailarinas e seus movimentos? Eles influenciaram sua dança ? conte-nos como.

Beijo grande, Ranya Radi.



5 comentários:

  1. O artigo está com vários erros de digitação e de português! Atenção meninas!

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    1. Oi Danielle, obrigada pela dica, estava no rascunho e por descuido nosso foi publicado sem revisão, mas já está sendo corrigido.

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