Filme Afegão: A Pedra de Paciência


   Indicado para representar o Afeganistão na disputa  ao Oscar de filme estrangeiro em 2013, "A Pedra de Paciência", de Atiq Rahimi, é, ao mesmo tempo, uma reflexão sensível sobre a situação política e social daquela região como um reflexo da contínua expulsão de talentos que o estado de guerra e o fundamentalismo, associados, ali produzem. 

 Além do mais, graças à qualidade do texto, expõe muito sobre a condição feminina, a guerra santa islâmica, o peso de costumes sociais e religiosos ultraconservadores sobre os anseios pessoais, especialmente das mulheres.Devido à instabilidade política no Afeganistão, apenas umas poucas cenas externas foram filmadas naquele país. A maior parte da produção foi realizada no Marrocos.



  SINOPSE
 A Pedra de Paciência se passa no Afeganistão, onde um herói de guerra em estado vegetativo, após um acidente em que levou uma bala no pescoço, é abandonado pelos companheiros do Jihad e por seus irmãos. Sua mulher o observa em um quarto decadente e começa uma confissão solitária, falando sobre sua infância, seus sofrimentos, sua solidão e seus sonhos. Por meio de suas palavras para o marido, ela procura um caminho para recomeçar a vida. 


OPINIÃO DE QUEM ASSISTIU O FILME

  O texto desse filme é de uma qualidade primorosa. Apesar de se basear nesse monólogo, o filme não é tedioso.

Você tem a sua "Pedra"?  
Eu percebo que muitos fazem das redes sociais sua "Pedra". Outros fazem do seu analista a sua "Pedra". Eu por muitos anos fiz a janela do meu quarto a minha, era lá que falava em voz alta porque pra mim é importante ouvir o que não falaria para ninguém, era lá que falava com Deus.

 Hoje não sei porque e nem como mudei de "Pedra", hoje vou ao jardim do meu estúdio sento no banco e falo, falo das minhas dores físicas e emocionais, dos meus medos, da minha incerteza, das minhas aflições, culpas  e também da minha pressa. 
Faz um bem danado ter uma "Pedra" que não aponte o dedo, que não julgue, que nem por isso aprove tudo que a gente faz ou pense, mas que ouça assim como o marido em coma da moça do filme (uma mulher sem nome).

Opinião de  Diacuy Piccione
Fontes: cinema.uol.com.br
             baudaloladiacuy.blogspot.com.br

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