A arte dos Tambores Parte 1- DERBAKE






Este será um post dividido em partes, porque seu conteúdo é extenso e quero abordá-lo de forma ampla, indicando vídeos e tutorais.



O Derbake

    Dos principais e mais conhecidos instrumentos da percussão árabe, temos o Derbak ( Darbuka, Doumbek ou Tabla). Presente em quase todas as músicas, este instrumento fornece a estrutura rítmica, composta por marcações, através de seu belíssimo som, que varia de acordo com a extremidade em que é tocado. Extremos altos ou baixos, variando entre sons agudos e graves, ritmos acelerados ou lentos, o Derbake é o principal instrumento de percussão na Dança do Ventre.




   O derbake pode ter o corpo de madeira, barro ou madrepérola. Os tradicionais são forrados com pele de animal, mas hoje encontra-se derbake forrado com pele artificial de nylon ou então com estrutura de alumínio.
    Com apenas um Derbake( e alguém para tocá-lo) e uma dançarina é possível prestigiar uma extraordinária  e ofegante apresentação de dança. Porém, sua simplicidade de estruturação exige alto grau de conhecimento dos movimentos e de ritmos, além de uma afinada capacidade de improvisação, tanto do derbakista quanto da bailarina.
   Este instrumento permite ao solista, chamado de Derbakista, inovar e inventar suas próprias músicas, assim cada solo de Derbake adquire a personalidade e características de seu tocador, que é também influenciado pela desenvoltura da bailarina.
É uma verdadeira simbiose!






 Por isso da importância do derbakista e da bailarina estarem em harmonia, serem capazes de se comunicar através da música e do corpo
Apreciem este vídeo, reparem como a bailarina Kahina lê, literalmente, os toques do Derbake tocado por Pedro Françolin. Além da linda expressão de alegria em dançar! e entretenimento com o público.
Lembre-se: São os pequenos detalhes que irão fazer de você uma bailarina especial.



“Conhecer uma grande variedade de ritmos é condição essencial para um bom derbakista, pois o mesmo precisa estar apto para tocar o ritmo que for pedido, seja ele na música com banda ao vivo ou em solo de derbake. O mesmo serve para a bailarina, pois a mesma necessira estar em constante harmonia com o músico e com a música, mesmo que não seja um solo de derbake” (Pedro Françolin – www.derbake.com.br)


Executar um perfeito solo de derbake exige muito treino, conhecimento, concentração, técnica, prática, desenvoltura e coragem, sim, coragem para ousar na leitura da música!

Neste vídeo, a bailarina Aryana Rebelo demonstra uma leitura precisa da música pelo seu corpo que  acompanha o ritmo e as marcações do Derbake. O resultado é fatal: sincronicidade pura! 


A bailarina internacional Jiilina possui, em minha opinião, uma ótima leitura corporal para solos de derbake, além de uma extrema capacidade de comunicação com os derbakistas, vê-se pela sua expressão facial.


Quase finalizando o post Derbake, minha bailarina predileta, das mais admiradas, Rachel Brice, em sua leitura corporal de Derbake.
Rachel Brice é uma bailarina do estilo Tribal e Yogue, possui movimentos extraordinários
Confiram:


Os ritmos conseguidos pelo derbake são diversos, mas aqui vamos começar pelo básico

Tum Tum- Ta ka Ta-  Tum- Ta ka Ta- Ta Ka Tum- Tum 

o vídeo está em inglês, mas é didático e dá pra entender bem.
Para aqueles que não tem um derbake (como eu), pode ir treinando em algum outro instrumento de percussão ou até mesmo em um pote de plástico, destes que tem na cozinha.


Boa diversão!

Salam Aleikum

Por Tuane Rodrigues

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